Camâra Municipal dos Mosteiros
São as principais festas dos Mosteiros. Realizadas em Agosto, as Festas do Município acontecem durante uma semana. Normalmente de 8/9 a 15 de Agosto.
Durante este período têm lugar vários eventos culturais, desportivos e políticos, a destacar: baile popular, Inauguração de obras, realização de feiras e exposições, fóruns, concursos de beleza, torneios de futebol de 11 e de salão, provas de atletismo, ciclismo, hipismo, natação e corrida de botes.
Os bailes populares têm lugar nos dias 13 e 14. Nos dias precedentes são realizados vários eventos culturais que integram a música, a dança, o teatro e muitas outras manifestações.
Vários artistas locais e nacionais de renome, bem como bandas estrangeiras já se apresentaram nas festas do município dos Mosteiros. Vargas, Buguin, Dú Marthaz, Nelson Jr., Ana Lopes, De Martins, Beatz Boys, 7 Estrelas, Show de Pina, Félix e Banda, Bocarron são alguns dos artistas e grupos locais que já actuaram nos palcos das festas do município.
Palcos por onde já passaram também Gil Semedo, Zé Delgado, Beto Dias, Grace Évora, Kino Cabral, Nhelas, Lejemea, Gama, Zé Spanhol, Xibiote, Élida Almeida, Ló, Djodje, Tabanka Djaz, Charbel, Irmãos Verdade, Splash, Kreation, Ferro Gaita, Abel Djassi, Kim Alves, Albertino Évora, Have H, Bius, Esmeralda, dentre muitos outros cantores e bandas de sucesso internacional.
O dia do município coincide com o dia da santa padroeira de Mosteiros, Nossa Senhora da Ajuda – 15 de Agosto.
Nesta data realiza-se procissão e missa solene em honra à santa padroeira com a participação de milhares de fiéis, residentes, emigrantes e visitantes.
A primeira edição foi realizada em 1994, organizada por activistas e grupos locais. Desde então cresceu muito e ganhou expressão na programação das festas do município dos Mosteiros.
O festival de música é realizado no dia 15 de Agosto. Começa depois da missa solene e vai até noite dentro.
À semelhança do que acontece um pouco por toda a ilha, Mosteiros celebra vários santos. Aqui, como em toda a ilha, as festas da bandeira dedicadas a santos misturam o religioso e o pagão em celebrações muito concorridas pelos habitantes.
Há uma forte devoção a santos no concelho. Celebram-se durante praticamente todo o ano, sendo as festas mais expressivas aquelas dedicadas a santos populares, entre os meses de Maio e Julho, dentre as quais São Filipe (11 de Maio), Nossa Senhora de Fátima (13 de Maio), Santo António (13 de Junho), São João Baptista (24 de Junho) e São Pedro (29 de Junho).
São Sebastião (“Santa Bastion” - crioulo - adaptação fonológica) era celebrado antigamente à entrada do povoado de Igreja, onde se realizam corridas de cavalos.
Recentemente foi resgatado e as corridas são realizadas no antigo aeródromo. A sua comemoração é também enquadrada no programa do feriado de 20 de Janeiro, data em que se assinala o aniversário de falecimento de Amílcar Cabral.
As celebrações religiosas têm lugar no dia 19 ou no domingo mais próximo desta data. Realizam-se na capela do mesmo nome, em Ribeira do Ilhéu.
Nas vésperas e no dia de São José são oferecidos almoços ou jantares e realizados bailes populares.
A 3 de Maio celebra-se a Santa Cruz. Ligeirão (Rocha Fora) é o local onde os fiéis se reuniam para celebrar a data, num jantar convívio feito de pratos típicos, música e danças tradicionais. Com o passar dos anos e o despovoamento daquela localidade as festas perderam expressão.
Em Queimada Guincho celebra-se a Bandeira de Deus. É a 7 de Maio. Na verdade, as celebrações começam na noite de 6, com um jantar oferecido pelo festeiro e baile até madrugada dentro. A bandeira é celebrada.
Dois dias antes, em Sumbango, festejou-se o Nhô San Filipe. A localidade viveu o fim-de-semana de festa. No dia 11, realizou-se a habitual celebração eucarística, com os devotos de Nhô São Filipe a subirem depois até a cruz do santo no monte de Sumbango para acender velas e renovar as promessas com o padroeiro da zona. Depois, a habitual festa popular, com baile na casa do festeiro, antecedido de um almoço a todos os que tomam parte das festas de Nhô San Filipe.
É ma das festas religiosas mais antigas, mais populares e mais concorridas do concelho dos Mosteiros. As festas em honra a Nossa Senhora de Fátima em Fajãzinha já foram, inclusive, antes da criação do município e da institucionalização das festas do município, as maiores celebrações populares do concelho.
A par do ritual religioso, a população promove actividades desportivas e culturais, que culminam com a realização de finais de torneios na tarde de 12 de Maio e com dois dias de baile. Noite de 12 para 13. E tarde de 13 de Maio.
Para visitar a capela de Nossa Senhora de Fátima, uma das mais antigas da paróquia. Para pagar promessas. Para reencontrar amigos. Para dançar, festejar, divertir-se. Vários são os motivos que fazem com que centenas de pessoas, provenientes de vários pontos da ilha reúnam-se em Fajãzinha neste dia, que é feriado municipal.
Esta é uma das festas que foram regatadas nos últimos anos. Santa Rita é festejada principalmente em Queimada Guincho onde a família de Carlos Fernandinho Teixeira, actual presidente da Câmara Municipal, ergueu uma capela dedicada à santa.
Santo António é o santo mais popular no concelho. Facto que motivou a Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal, a estipular o dia 13 de Junho como feriado municipal.
O ponto alto das festas é no dia 13, com a realização de missa solene na localidade de Feijoal, sede da capelania que abrange ainda as zonas de Cutelo Alto e Pai António, mas as festas começam a partir do dia 8.
Em várias localidades os festeiros proporcionam almoços e jantares-convívio para pagar promessa.
As festas de santo António são também marcadas pelo ritual do pilão. Uma tradição secular que consiste na preparação do milho para a cachupa do grande dia de festa – 13 de Junho. Um evento semanal que começa geralmente a partir da terceira semana de Maio e que junta dezenas de pessoas em várias localidades. Uns ajudam no debulhe de milho. Outros animam a festa com as famosas tamboradas, coladeiras e colexa.
Alem destas manifestações tradicionais realizam-se também bailes populares nas zonas onde se festeja o Santo António.
O epicentro das festas de San Djon é a localidade de Atalaia, onde foi construída uma capela em honra ao santo.
As celebrações vão do religioso ao profano e atraem centenas de festivaleiros de todo o concelho e de localidades do norte do concelho de São Filipe.
A bandeira de São João é muito famosa em todo o município, sendo preservada por um grupo local integrado por caladeiras e tamboreiros da localidade de Atalaia.
São Pedro comemora-se na localidade Murro. Seus principais festeiros faleceram há alguns anos, mas a tradição mantém-se.
Aqui se realiza um dos melhores desfiles de Canizade do município.
A feste é semelhante às outras festas da bandeira do município. O jantar do dia 29 reúne centenas de pessoas.
É celebrado na cidade de Igreja (em Lagariça), com canizade, jantar oferecido pelo festeiro e, mais recentemente, com baile popular. Tem ganho mais expressão nos anos mais recentes.
O santuário de Nha Sant’Ana, para onde rumam centenas de fiéis no último domingo de Julho, situa-se no litoral, na localidade de Mosteiros Trás, numa planície de lava.
A capela e o recinto da missa foram construídos recentemente em decorrência da crescente popularidade desta celebração dedicada a Santa Ana.
Realizada em Achada Grande, na capelania de Nossa Senhora da Conceição, na localidade de Achada Grande. Tem mais expressão a nível religioso.
Do início do ano ao mês de Julho, consoante as localidades, são comemoradas festas, que, embora se realizem em diferentes datas.
Não são puramente religiosas (cristãs), como também não são puramente profanas (pagãs). As festas começam quase sempre com o ritual do pilão, espetáculo de música, dança e ritmo.
À volta do pilão, juntam-se geralmente grupos de três mulheres a pilar milho. À volta do grupo, coladeiras/coladores e tamboreiros acompanham o ritmo com canções e toques que variam de localidade para localidade ou de grupo para grupo.
Nesta “orquestra” entra também o “homem da colexa”, com batidas de dois paus no rebordo do pilão.
Canizade é uma manifestação folclórica da ilha do Fogo. A origem é pouco conhecida.
É formado por pessoas simples que se mascaram e saem à noite, normalmente na véspera de festas dedicadas a santos.
Uns dizem que se trata de seguidores de santos, outros descrevem-lhes como guardiões de espólios e outros designam-lhe de “fanáticos”.
Mais sobre festas da bandeira na ilha aqui http://nosgenti.com/ilha-do-fogo-a-emblematica-festa-da-bandeira/
É o género musical e de dança da ilha do Fogo mais conhecido no país e além-fronteiras.
Acredita-se que tenha surgido nos Mosteiros, sendo seu nome uma referência à localidade de Atalaia (Talaia em crioulo).
Terá evoluído de outros ritmos que se tocavam e se dançavam antigamente nos bailes que se realizam em povoados como Atalaia.
