A zona norte do concelho está isolada, devido ao desabamento da rocha que deixou intransitável o troço da Estrada Nacional EN1-FG01 de Sumbango, que dá acesso às localidades de Rocha Fora, Ribeira do Ilhéu e Atalaia e ao município de São Filipe, pelo norte.
O desabamento ocorreu na noite de quarta-feira, 1º de março, alguns dias após um evento parecido, mas de menor gravidade, registado próximo do local de onde desprenderam penedos que obstruíram a via e destruíram parte do muro de proteção.
Algumas propriedades agrícolas no sopé daquela encosta foram devastadas. Os proprietários falam em prejuízos avultados.
Além destes, há outros constrangimentos. Operadores de transporte, comerciantes, funcionários e estudantes das localidades da zona norte viram-se obrigados a arranjar alternativas para ter acesso à zona baixa do município nesta quinta-feira e ainda não têm garantia de quando será reposta a normalidade.
A Câmara Municipal acionou a empresa responsável pela manutenção das estradas nacionais, que já se encontra no local para proceder à desobstrução da via.
Em entrevista à imprensa, o presidente Fábio Vieira lembrou que este tem sido um fenómeno frequente nos últimos 5 anos naquele troço de estrada, sendo o mais grave, até o desabamento de ontem, a derrocada ocorrida em 2018, que resultou num impedimento do trânsito durante 3 meses.
O autarca afirmou que é tempo de o governo trabalhar em soluções mais duradouras para o troço da estrada EN1-FG01 de Sumbango, de modo a evitar prejuízos maiores sobre a população que dela se serve diariamente.
“Estes desabamentos têm constituído um perigo iminente e o Governo deve criar as condições para intervenção mais de fundo e duradoura para garantir segurança de pessoas e viaturas que circulam diariamente na via e daquelas que trabalham nas propriedades agrícolas de regadio ali próximas”, afirmou Fábio Vieira à imprensa.
Recorde-se que, em 2018, o governo garantiu que o Instituto de Estradas (IE) estava "em contato com uma empresa para a vinda de especialistas para avaliar a situação naquele troço de estrada e propor soluções técnicas para estabilizar os taludes”.
As soluções propostas pela suposta empresa ainda não foram socializadas com as autoridades municipais de Mosteiros.
GCI