Em nota endereçada à imprensa por ocasião do Dia Mundial da Casa de Banho, 19 de Novembro, a Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS), chama a atenção dos decisores, nacionais e locais, para a importância de todos terem uma casa de banho segura e acesso ao saneamento em condições de salubridade até 2030, em resposta ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6: Saneamento e Água.
Recorrendo aos dados do Inquérito Multi-Objetivo ContÍnuo 2015, produzidos pelo INE, a ANAS enaltece o trabalho que os municípios e os governos de Cabo Verde têm feito no domínio do Saneamento, destacando os casos de Mosteiros, Maio e Sal, como municípios com melhores taxas de acesso ao Saneamento, e os casos de São Miguel, Ribeira Grande de Santiago e Santa Cruz, como aqueles que apresentam menores taxas de acesso às instalações sanitárias por parte das famílias.
Com 87,4 % de acesso ao Saneamento, Mosteiros é terceiro a nível nacional, e primeiro a nível da ilha do Fogo. Santa Catarina tem 81,7% e São Filipe, 81,3%.
No quadro do Programa das Plataformas Locais de Desenvolvimento Estratégico, Mosteiros assumiu como uma das prioridades atingir o ODS 6, tendo inscrito em seu Plano Estratégico Municipal de Desenvolvimento Sustentável programas e projetos que permitem melhorar ainda mais os indicadores do município, no horizonte 2019-2022.
Dia Mundial da Casa de Banho
O Dia Mundial da Casa de Banho é celebrado este ano sob o signo das soluções baseadas na natureza para nossas necessidades de saneamento.
“Quando a natureza nos chama, temos que ouvir e agir” – este é o lema do Dia Mundial da Casa de Banho em 2018.
De acordo com nota da ANAS, “dados ligados ao saneamento indicam que 62.5% da população em todo o mundo não tem acesso ao saneamento e em condições de salubridade e 1.8 biliões de pessoas consomem água que pode estar contaminada com fezes”.
Em Cabo Verde, dados do INE revelam que o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio relativo ao acesso ao saneamento básico foi alcançado.
“A percentagem da população com acesso a instalações sanitárias melhoradas aumentou de 38, 7% para 77,4%, em grande parte decorrente dos investimentos em infra-estruturas sanitárias realizadas pelos sucessivos governos e os seus parceiros. No entanto, ainda 22,5% das famílias não tem acesso a uma sanita (14,6% no meio urbano e 40% no meio rural) ”.
A ANAS reitera que persistem ainda disparidades de género, as famílias chefiadas por homens têm maior acesso ao saneamento do que as famílias chefiadas por mulheres (79.5% contra 75.1% das mulheres).
GCI